segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um dia ainda morro.

De tanto me arrebentar,
de tanto dilacerar possiblidades,
de tanto me esticar pra tocar o céu,
de tanto me doer caminhando,
cantando, como se não houvesse dor.

De tanto me dividir pra sentir inteiro,
de tanto pensar e sentir,
sentir o corpo sentir comigo,
sabe como é?

Eu ainda morro.
Mas quem morre [se] sentindo,
morre feliz.

Erica de Paula

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