quarta-feira, 4 de julho de 2012


Noite escura
tecem texturas

minha pele nua
não suporta a insônia
quer fazer poemas

mas não há um grão
em minha imaginação

escuto o silêncio
um avião corta o ar

impossível olhar
a alma e se acostumar
superficialidades

a palavra escondida
quer vida,quer afeto

dentro de mim
nomes, fomes
que tentam viagens

vícios e ousadias
me escapam pelo ralo
do olhar ambíguo

enigmas
dessa crença
que fazer poemas
com rima é ofensa

que a metalinguagem
é sólida
e essa companhia
é o novo sal(do) poeta

sopros em esgrimas
onde balançam as palavras
em finas pontas de espadas

dentro de um sonho
cheio de pluralidades...

Adriane Lima
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário