quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Há duas formas
de se aprisionar o amor!

Uma é nos sentirmos aprisionados
a tão nobre e gostoso sentimento,
e não há nada melhor do que
sermos escravos de tão bela sensação!

Não importa se é amor-paixão,
amor-tesão, amor-razão,
amor-ficção, amor-irmão...
pois o que conta mesmo
é o amor a fazer morada
em nosso coração!

A outra forma já é o inverso...!

Nós queremos aprisionar o amor,
com a ilusão de que assim escaparemos da decepção.

Começamos a cercar e vigiar o objeto de nossa paixão,
tomados por uma intensa obsessão,
e acreditando que só assim estaremos
evitando a dor de uma possível desilusão!

Mas o coração sabe do que precisa
para a sua nutrição e quando em cativeiro,
cessará o fluxo natural de sua evolução...

A sua ração consiste em pequenas porções
de total liberdade de ação,
 pois só assim poderá sentir-se livre
e se render por inteiro à intensidade de uma paixão!

Helô Müller

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