quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Represando Poemas

Há tantas emoções desencontradas
e que caminham, para onde,não sei

uma tinta que não quer escoar no papel
um céu de nuvens esparramadas
um poema que espera que eu o termine

Dias onde todas as palavras
são o que são
dias sem imaginação
pés sem sonhos
cabelos em desalinho

O plástico das horas
enrolando aquilo que me envolve

alma deseja leveza
das pétalas
cores da tela diária
que vejo em minha janela

mistura essa que não vem
das letras, nem das flores que avisto
mas, de meu olhar sobre o mundo

Nem todo sentimento merece
um lamento,uma carta,ou um telefonema
muito menos um poema

o que estanca,não precisa
ser explicado, deixei-o ali
na estante dos recados amassados

para poesia existir basta
um instante de minha dor ou amor
mas o mês de novembro é lento

é a ante véspera das luzes ansiadas
aproprio-me de vontades e mais nada

Adri Lima

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