Espero-te de algum jeito
Ora luz, ora sombra
Errante ou perfeito
Espero-te nas horas mortas
No apogeu da alegria
No ranger das portas
Espero-te numa vontade sem tamanho
No portão
No quarto
No banho
Espero-te na solidão que aterrisa
Na dor que assola
No frescor da suave brisa
No amor que decola
Espero-te e espero-te!
Pois esperar-te é um ato sagrado
É meu gesto de amor a ti
Inocente, real e encantado
Esperar-te eu não me canso
Faz-me feliz , renascer
Pois sei que vais embora de dia
Mas sempre voltas ao anoitecer
Espero-te sempre
Num imenso bem querer
Para que finalmente em teus braços
Eu possa em paz adormecer.
Teresa Improta Monnier
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