sexta-feira, 17 de agosto de 2012


CONFISSÃO

Nessa hora de confissão
Meço o quanto imaginei voei
E com qual asas?
Carente verto meu medo
em suores frios
Não é um medo de perdas
É temor de alguma hora não
acumular o que perder...
E aí irem levando
Qualquer parte minha que não valha
revirarem meus segredos...
Apesar de eu ser essa existência
escandalosa
Até para deixar algo meu ir
embora
que seja algo de valia...

E não achem que só vejo valia
nas coisas chamadas belas
Quem sabe a lista completa do que é belo
ah! Não me conte!
Não precisava viver até aqui para saber
que o que é belo e caro hoje
amanhã pode ser a primeira coisa descartável
Nessas horas de confissão
melhor mesmo é deixá-las
escritas em colunas dos viadutos
Porque por ali passa todo tipo de doido...

Luciano Lopes.

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